⚖️4. Judiciário
São órgãos do Poder Judiciário de Westland a Magistratura (Suprema Corte, Juízes de Circuito, Juízes de Condado e Juízes de Paz), a Promotoria de Justiça (Procurador-Geral, Promotor Distrital e Promotor Assistente) e a Advocacia (Advogado-Geral, Consultor Jurídico, Advogado Criminal e Advogado Local).
Não existe hierarquia entre a Magistratura, a Promotoria e a Advocacia.
Esses três ramos formam poderes e funções autônomas e independentes, que coexistem para equilibrar a aplicação da lei:
A Magistratura julga, mas não pode acusar nem defender.
A Promotoria acusa, mas não pode julgar nem atuar em defesa.
A Advocacia defende, mas não possui autoridade para julgar ou condenar.
Cada uma delas tem o mesmo nível de dignidade e importância dentro do sistema judicial. Nenhuma se sobrepõe às demais, pois todas são essenciais para a preservação da justiça e do devido processo legal.
No RP, essa ausência de hierarquia reforça a ideia de balanço institucional: o juiz é o árbitro, o promotor representa o Estado, e o advogado representa o povo — cada um com poder e limites próprios, interdependentes, mas nunca subordinados.
🟨4.1. Magistratura🟥4.2. Promotoria de Justiça🟦4.3. AdvocaciaCOMPORTAMENTO E CARACTERÍSTICAS
Magistratura: o peso da lei.
Comportamento:
Sereno, firme e reservado.
Evita envolvimento emocional ou político em casos.
Fala pausadamente, com autoridade e prudência.
Mantém postura solene — é uma figura que impõe respeito.
Características:
Idealista quanto à ordem e à justiça, mas muitas vezes cético quanto à pureza humana.
Pode carregar o fardo da consciência por decisões difíceis.
Veste-se de forma simples, porém impecável — casaco escuro, relógio de bolso, talvez um distintivo judicial.
Sua palavra é lei, e seu silêncio, julgamento.
“Não há justiça sem equilíbrio. E equilíbrio exige sacrifício.”
Promotoria: a voz do Estado
Comportamento:
Determinado, incisivo e articulado.
Busca a verdade, mas com a lente da lei e da ordem pública.
Costuma ser desconfiado, metódico e controlador — vê corrupção em todo canto.
Usa a retórica como arma e a lei como escudo.
Características:
Pode ser íntegro e incorruptível… ou oportunista e ambicioso.
Representa o poder do governo — sua presença inspira medo e respeito.
Sempre busca deixar uma marca: “o homem que limpou a cidade”, “o promotor que desmantelou a gangue”.
Terno claro ou colete formal, postura ereta e olhar fixo.
“A lei não é apenas uma ideia — é o aço que mantém o mundo unido.”
Advocacia: a voz do povo.
Comportamento:
Eloquente, provocador e muitas vezes teatral.
Pode agir com empatia e inteligência emocional — conhece o povo, as ruas e a moral local.
Tende a ser persuasivo, conciliador, mas firme na defesa de seus clientes.
Em um julgamento, é o contraponto da Promotoria — mais humano, mais livre.
Características:
Pode ser um defensor honrado ou um charlatão carismático — o jogo moral é parte do papel.
Usa roupas elegantes, mas menos austeras — lenços coloridos, gravatas soltas, chapéus bem cuidados.
Frequenta tavernas, conhece informantes e domina a arte da conversa.
“Nem sempre a verdade vence, mas a palavra bem dita pode mover montanhas.”
ESTILO DE VIDA
Magistratura: vida de disciplina e isolamento
O juiz vive entre dois mundos: a formalidade da lei e a brutalidade da terra.
Sua rotina é marcada pela rigidez e pela solidão. Hospeda-se em casarões, escritórios ou pousadas próximas ao tribunal, sempre mantendo distância emocional dos cidadãos. Evita vínculos, evita festas, evita intimidades — pois sabe que qualquer proximidade pode comprometer sua autoridade.
Geralmente não ostenta riqueza, mas carrega respeito e influência.
É o tipo de homem (ou mulher) que caminha com calma pelas ruas poeirentas, e até os bandidos param de falar quando ele passa.
“A solidão é o preço da imparcialidade.”
Promotoria: vida de pressão e prestígio
O promotor leva uma vida tensa, calculada e política.
Entre o tribunal e as tavernas, ele escuta rumores, investiga, arquiva e confronta — sempre de olho em quem manda na cidade.
Vive sob constante vigilância: dos bandidos, dos juízes e dos próprios cidadãos que o veem como o “braço da lei”.
Muitos promotores habitam casas elegantes, sempre prontos para reuniões noturnas, interrogatórios ou convites de políticos locais.
Carregam o fardo da reputação: um deslize pode arruinar anos de carreira.
“Servir à lei é servir ao poder. E todo poder cobra seu preço.”
Advocacia: vida de charme e contradição
O advogado vive entre o luxo e o caos.
Frequentador de saloons, escritórios e tribunais, é tão conhecido pelos discursos quanto pelas dívidas.
Gosta da boa bebida, do bom terno e das boas conversas — e sabe que reputação é moeda.
Pode ser um idealista que luta pelo povo ou um manipulador que torce a lei em benefício próprio.
Seu lar costuma ser um escritório modesto cheio de papéis e garrafas, ou uma casa confortável próxima ao comércio, onde clientes batem à porta em busca de salvação.
“A justiça é uma dama cara — mas sabe recompensar quem dança com ela.”
SIMBOLISMO E DUALIDADE
Em 1899, a América está no limiar entre a selvageria e a civilização; entre a bala e a caneta. É nesse abismo que o Juiz, o Promotor e o Advogado vivem — sustentando um ideal que nem sempre encontra eco nas terras poeirentas e nas almas corrompidas de Westland.
O simbolismo do Judiciário
O Judiciário representa a ordem tentando se impor sobre o caos, o esforço humano de transformar moral em lei, e lei em justiça.
Ele é o pilar invisível da civilização nascente, uma instituição que tenta florescer onde ainda imperam o medo, a vingança e o ouro.
O Juiz é o equilíbrio — o martelo que tenta dar forma ao certo e ao errado.
O Promotor é o fogo — a chama da justiça do Estado, pronta para consumir a corrupção e o crime.
O Advogado é o vento — muda de direção, sopra pela liberdade, e dá voz àqueles que seriam silenciados.
Cada um simboliza uma força moral e política do Oeste: a lei, o poder e o povo.
A dualidade: lei e justiça, poder e corrupção
No papel, são homens da lei. Na prática, são homens entre a lei e o pecado.
O Juiz pode se corromper por ouro, o Promotor pode usar a lei como vingança, o Advogado pode vender a defesa a quem pagar mais.
E ainda assim, cada um deles acredita — à sua maneira — que está servindo à justiça.
A dualidade é o sangue que corre por essas figuras: eles representam a luz da civilização, mas vivem cercados pelas sombras da ambição humana.
Em um tribunal de madeira cercado por poeira e moscas, não se julga apenas um homem — julga-se o próprio futuro da ordem.
“Entre o certo e o justo, há sempre um preço. E quem o paga, raramente é o culpado.”
MOTIVAÇÕES
Em 1899, a civilização ainda engatinhava — as cidades crescem, mas a lei ainda é uma promessa.
Os personagens do Judiciário veem a si mesmos como os construtores da nova era, aqueles que buscam transformar um território de bandidos, pistoleiros e justiceiros em uma sociedade regida por princípios.
Sua motivação é impor a lei sobre o caos, mesmo quando o caos veste a face da própria justiça.
“Se não houver lei, só restará a vingança. E a vingança não constrói nada.”
A toga, a pena e o selo trazem poder e responsabilidade. Juízes, promotores e advogados vivem o dilema constante entre fazer o que é certo e fazer o que é necessário.
Alguns buscam a verdade, outros buscam prestígio, influência, ou até vingança pessoal sob o disfarce da justiça.
A motivação pode ser nobre — ou obscura. Mas todos partilham da mesma força interior: a necessidade de decidir o destino de outros.
“Julgar é como puxar o gatilho — mas a bala não mata só o corpo, mata a alma.”
Nenhum tribunal é puro. A corrupção infiltra-se pelos bolsos, pelos favores e pelas amizades.
O RP jurídico ganha vida quando a integridade é testada: subornos, ameaças, chantagens, conchavos políticos, promotores comprados, advogados manipuladores, juízes divididos.
Essa é a alma do RP de Judiciário: a tensão constante entre justiça e poder.
“Aqui, até a lei tem preço. E cada sentença é uma aposta.”
Enquanto os pistoleiros impõem medo e os contrabandistas movem o ouro, o Judiciário tenta impor respeito.
Ele simboliza o esforço humano de manter o tecido social costurado, de ensinar ao povo que há algo maior que o instinto: a razão.
Participar do RP jurídico é representar a luta do homem contra a própria natureza — a barbárie travestida de civilização.
“A lei é o fio que separa o homem da fera.”
O Judiciário é o palco dos grandes dramas do RP:
Julgamentos públicos e tensos.
Corrupção interna.
Escândalos políticos.
Acusações contra figuras poderosas.
Duas versões da verdade, e nenhuma certeza.
Cada processo é uma narrativa dentro da narrativa — um espetáculo que movimenta toda a cidade.
Ser parte disso é participar do coração moral do servidor.
RP E PERFIL RECOMENDADO
O RP de Judiciário representa a civilização tentando se firmar em meio ao caos do Velho Oeste.
É o jogo de quem prefere vencer com a mente, e não com o gatilho.
Juízes, promotores e advogados são os arquitetos da lei, responsáveis por dar legitimidade às ações do Estado e proteger — ou manipular — os direitos do povo.
Esse RP gira em torno de conflitos morais, políticos e sociais, onde cada sentença ou defesa pode mudar o rumo de uma cidade inteira.
O jogador de Judiciário não vive de duelos, mas de argumentos.
Sua força está na retórica, na presença e na estratégia narrativa.
“A palavra certa dita na hora errada vale mais que mil tiros no escuro.”
Perfil recomendado:
Raciocínio e domínio da fala: precisa saber construir argumentos, improvisar e sustentar diálogos longos.
Postura e compostura: mesmo sob pressão, mantém a calma, fala com segurança e transmite autoridade.
Gosto por tramas políticas e sociais: aprecia narrativas complexas, corrupção, ética, poder e influência.
Interesse em justiça e moralidade: entende que a lei nem sempre é justa, e que a justiça nem sempre é legal.
Capacidade de neutralidade: sabe interpretar tanto personagens íntegros quanto dúbios, mantendo coerência.
Presença pública: está disposto a participar de julgamentos, debates e eventos de grande visibilidade.
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